Bloqueio Continental foi o decreto que impedia que os navios do Reino Unido tivessem acesso aos portos de países submetidos ao domínio do Primeiro Império Francês (1804-1814).
Esse decreto foi dado em 21 de novembro de 1806 pelo imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) e o objetivo do Bloqueio Continental era atingir a economia britânica, já que a Inglaterra tinha condições de se contrapor ao governo de Napoleão.
O que levou a esse decreto autoritário foi o fato de que no início do século XIX a França estava conquistando vários territórios e desenvolvendo sua economia em um processo revolucionário.
Várias nações eram contra esse processo, mas somente a Inglaterra possuía condições financeiras e armamentos de guerra para se posicionar contra Napoleão.
Estando ciente disso, Napoleão Bonaparte queria enfraquecer a economia britânica e uma forma de fazer isso era fechando as portas de seus portos para que a Inglaterra tivesse dificuldades em expandir seu mercado consumidor.
O Bloqueio Continental acabou se cruzando com a história do Brasil, visto que justamente por causa desse decreto, a realeza portuguesa chegou ao país.
Isso ocorreu porque Portugal estava com o reino decadente e também precisava muito das mercadorias britânicas, foi então que o príncipe regente da época, Dom João VI, escolheu se aliar à Inglaterra e assinou um documento secreto que iria transferir a nobreza e a Família Real de Portugal ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro, no ano de 1808.
Fazia parte do acordo manter os portos brasileiros abertos às mercadorias inglesas, enquanto que a Inglaterra se comprometia a defender o território de Portugal contra a França.
O Bloqueio Continental acabou sendo muito negativo para Napoleão, que perdeu seu prestígio perante as nações que ele havia conquistado.
O decreto era desrespeitado a todo o momento, o que levou o imperador a tomar atitudes de repressão militar, desperdiçando recursos financeiros e humanos, levando à sua ruína. Em 27 de abril de 1812, o Bloqueio Continental foi removido devido a uma intimação do czar Alexandre I da Rússia à Napoleão.