Significado de Classicismo

O que é Classicismo

Classicismo é como a historiografia convencionou chamar ao movimento estético, intelectual e cultural que tem como base ou inspiração os padrões filosóficos e estéticos a Antiguidade Clássica, ou seja, que busca retomar os valores da antiga cultura greco-romana.

O Que é Classicismo

O Classicismo é um movimento característico do início da Idade Moderna, portanto intimamente ligado ao Renascimento cultural iniciado no século XIV, na Itália.

Os homens do Renascimento viam na Antiguidade Clássica um exemplo que devia ser seguido e ao mesmo tempo um ponto de partida para levar a humanidade a um desenvolvimento maior do que aquele que proporcionou a Idade Média. Contudo, em suas obras, os renascentistas buscavam ir muito além de uma mera imitação do que haviam feito os antigos, procurando um constante aperfeiçoamento e buscando originalidade.

O Classicismo, junto com o Renascimento, se espalhou pela Europa a partir da Itália especialmente no século XV e XVI, e contribuiu para a criação de algumas das mais importantes obras de arte de toda a história da humanidade, tanto na literatura, como na pintura, na escultura e na arquitetura.

Características do Classicismo

As obras do Classicismo são marcadas principalmente pela valorização da cultura greco-romana e negação dos valores medievais, criando uma maneira totalmente nova e peculiar de ver o mundo, visão essa que pode ser resumida pela junção das seguintes características:

Universalismo – a busca de expressar em suas obras conceitos universais que fossem válidos para toda a humanidade em qualquer lugar do tempo e do espaço;

Racionalismo – a ênfase na razão como ferramenta na busca da perfeição e do equilíbrio, ao mesmo tempo uma crença de que a razão deveria comandar as ações do homem subjugando os seus sentimentos;

Antropocentrismo – ao contrário da Idade Média onde Deus era tido como o centro de todas as coisas e tínhamos a chamado teocentrismo, agora é o homem que deve ser o parâmetro para a arte e a criação;

Humanismo – juntamente com o antropocentrismo temos também a tendência de se buscar estudar entender o homem nas suas mais diversas formas de expressividade, levando à um grande aperfeiçoamento das representações da figura humana, bem como a um avanço significativo em áreas como a medicina.

Paganismo – com a valorização da cultura greco-romana os antigos deuses dessas civilizações voltam a ser estudados e admirados, e estes que eram tidos como deuses pagãos, e portanto, falsos ou maléficos, agora eram representados nas obras de artes;

Contudo, apesar da influência pagã, muitas das grandes obras do período são representações de passagens bíblicas e são encomendadas pela igreja Católica, como é o caso da Santa Ceia pintada por Leonardo Da Vinci e a pintura do teto da Capela Sistina de Michelangelo.

Neoclassicismo

Depois do Renascimento, o Classicismo deu lugar a outros movimentos estéticos importantes como o Barroco e o Romantismo. Contudo, em meados do século XVIII, surgiu o Iluminismo como um movimento que valorizava a razão como a faculdade que levaria o homem ao seu máximo desenvolvimento. Com isso, os ideais greco-romanos eram retomados e, portanto, os valores do Classicismo voltaram a ser a tendência intelectual dominante. Assim, durante os séculos XVIII e XIX, tivemos um período estético/intelectual que ficou conhecido como Neoclassicismo.