Dependência química é uma expressão. Ambos os termos são classificados gramaticalmente como substantivos femininos – dependência tem origem no Latim dependere, que significa “estar pendurado, estar preso a”, enquanto que química vem do Árabe al-qimiya, do Grego khemeia, que significa “alquimia”.
O significado de Dependência química abrange uma condição física e psicológica que é ocasionada a partir do uso contínuo de substâncias psicoativas.
A dependência química, na verdade, é tida como uma doença crônica e um transtorno mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química se classifica como o conjunto de fenômenos cognitivos, fisiológicos e comportamentais que são desenvolvidos após o uso repetido de determinada(s) substância(s).
O uso constante desses tipos de substâncias faz com que o indivíduo fique cada vez mais dependente, principalmente pelos efeitos que acometem o sistema nervoso. A dependência química é, portanto, um vício – há uma sensação de ressaca se o indivíduo tenta deixar de consumir – que afeta de maneira significativa a qualidade de vida, entre os quais o estado físico, emocional e o próprio lado social.
Muitos estudos sempre foram feitos (e ainda são, na verdade) para determinar qual seriam as causas exatas que fazem com que um indivíduo passe a desenvolver um abuso ou dependência por substâncias psicoativas. A motivação pelo uso pode englobar vários fatores, podendo passar desde simples curiosidades até uma busca imediata de prazer ou alívio de sintomas – fazendo com que estes usuários esqueçam (ou não acreditem) que estas drogas podem causar a dependência. Para curiosidade, alguns fatores de risco são a predisposição genética e doenças psiquiátricas pré-existentes, mas claro que isso não aborda necessariamente todas as pessoas, pois cada indivíduo possui personalidades, desenvolvimentos e ambientes diferentes em que vivem.
A dependência química leva em conta duas variáveis: o vício e a frequência de consumo. Uma vez dependente químico, um indivíduo será permanentemente um dependente, afinal a doença é crônica (incurável) – entende-se que isso proporcionará um tratamento constante, não somente quando se está fazendo uso da substância.
Quando uma pessoa é dependente química, alguns sintomas podem ser notados. Por exemplo, pode ser possível prever que um indivíduo dependente tem um desejo incontrolável de usar a substância e, por isso, não consegue passar muito tempo sem consumi-la, acusando a abstinência.
A dependência química é alcançada muito rapidamente quando o consumo de drogas ocorre de forma veloz e desenfreada – é a perda de controle. Nesses casos, é muito comum que o usuário sinta necessidade de aumentar a dose, para que assim se atinja o mesmo efeito que era obtido com doses anteriormente inferiores ou ainda um efeito cada vez menor com uma mesma dose da droga.
A abstinência, também chamado como efeito rebote, é o nome dado ao período que o indivíduo interrompe o uso da substância ou mesmo diminui a quantidade consumida usualmente.
É a maneira que o organismo encontra para avisar que o sujeito está sem usar a droga há muito tempo, fazendo com que ele sofra com alguns sintomas desagradáveis e imediatos, tais como:
A dependência química é uma forma ilusória de prazer que perturba os mecanismos cerebrais, ocasionando diversos problemas para o indivíduo. O efeito rebote (a abstinência) traz a ideia de que é impossível sentir prazer sem o consumo da substância. É por isso que, após fazer o uso da droga, a excitação e o sentimento de prazer passam e a pessoa volta a ficar deprimida e sofre com os sintomas acima citados.
A pessoa não reencontra qualquer fonte de prazer para tentar se livrar do uso da droga. Por isso, é muito importante entender o tratamento da dependência química.
A ajuda mais apropriada para a dependência química irá depender de cada indivíduo, por conta de seus aspectos pessoais, além, é claro, da quantidade e padrão de consumo de substâncias. Leva-se em conta também se a pessoa já possui alterações de ordem física, emocional ou interpessoal por conta do uso das drogas.
Após diagnosticada, a pessoa com dependência química irá ter acompanhamento a médio ou longo prazo para que se tenha garantia de sucesso do tratamento. A duração do tratamento pode ser variável, já que vai de acordo com a progressão e gravidade da dependência e dos problemas ocasionados por ela.
Um dos primeiros passos no tratamento é que o usuário afaste-se completamente de qualquer estímulo que possa fazer com que a vontade de usar a droga volte – essa atitude será essencial para fazer com que o processo se torne menos difícil.
Por impactar profundamente vários aspectos da vida, é importante que o indivíduo procure programas de tratamento multidisciplinares para que seja possível ter atendimento em níveis psicológicos, por exemplo, de modo que trate quaisquer alterações no padrão de comportamento, seu funcionamento em sociedade e seus processos cognitivos.
Mudanças no estilo de vida fazem parte da vida de quem quer se livrar da dependência química!
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